domingo, 6 de junho de 2010

Destino de resíduos sólidos: um problema para a engenharia

Cada brasileiro produz em média novecentas e vinte gramas de lixo diariamente. Cerca de oitenta por cento desse lixo é reciclada, sendo este recolhido pela coleta seletiva ou por catadores. Entretanto grande parte do restante deste lixo ainda é depositada em locais ambientalmente inadequados: os lixões.

Legalmente, os depósitos de lixo devem ser localizados à pelo menos dois quilômetros do núcleo urbano, duzentos metros de cursos d’água e a três metros acima de lençóis freáticos. Contudo, obedecer às exigências legais não significa ser ambientalmente adequado, pois nesses ambientes não há preparação adequada do terreno para o recebimento do lixo e tampouco seu controle, propiciando a contaminação do solo e da água pelo chorume – substância líquida gerada no processo de putrefação de materiais orgânicos.

Uma alternativa mais adequada para a o destino final dos resíduos produzidos nas cidades seriam os aterros sanitários, que segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são definidos como “aterros de resíduos sólidos urbanos, consistem na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for necessário”.

Para o aterro sanitário entrar em funcionamento é necessário a aprovação de projetos com previsões de tempo de funcionamento, destinação do ambiente após uso, pesquisas realizadas na possível área de operação e pesquisas com a população local. Além disso, os aterros sanitários demandam altos custos de instalação e manutenção, justificando a preferência das cidades por soluções mais rápidas e baratas.

Apesar dos altos custos de instalação, é possível reaver grandes partes desses gastos se passarmos a ver os aterros como fontes de energia. É possível acoplar ao sistema técnicas de biodigestão para a produção de biogás – tornando o sistema mais interessante também financeiramente.

Imagens: http://angloambiental.wordpress.com/ em 6 de junho de 2010.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A poluição e os automóveis

Os veículos automotores sempre nos propiciaram muito conforto e comodidade. Já estamos tão acostumados com sua presença em nossa vida, que já não nos imaginamos sem eles. Porém, é impossível negar que esses mesmos veículos são extremamente poluentes e que convivemos com essa poluição rotineiramente – principalmente nas metrópoles.

A poluição do ar tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Também o efeito estufa, tão comentado na atualidade é agravado devido a isso.
Apesar de todos esses problemas, é impossível se pensar numa substituição em massa dos automóveis existentes hoje, devido à sua grande quantidade. Então, o que fazer?

Essa dúvida parece ser uma das mais importantes quando nos referimos à poluição. Muitos governos começaram a adotar medidas visando o aumento da frota dos automóveis movidos a combustíveis ecológicos, como o etanol. Prova disso é o grande interesse do governo dos EUA em conhecer a tecnologia de produção de etanol, já há muito tempo praticada no Brasil.

Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) concluiu que o etanol de cana é capaz de reduzir em 73% as emissões de dióxido de carbono (CO2, o principal gás causador do efeito estufa) na atmosfera se usado em substituição à gasolina. Também a indústria automobilística, começou a se preocupar com essa questão. Prova disso, são os inúmeros lançamentos de carros “ecologicamente corretos”. Esses carros são geralmente carros “híbridos”, ou seja, movidos tanto por combustíveis fósseis quanto de outra fonte, como por exemplo, energia elétrica.

Esses carros contribuem significativamente para diminuir a emissão de gases poluentes. O governo japonês já anunciou medidas para aumentar para 50% a proporção de carros ecologicamente corretos. Todas essas medidas estão sendo tomadas para diminuir a emissão de gases.

Infelizmente essa tecnologia ainda é cara, tornando os carros “híbridos” inviáveis para o consumidor. Devido a isso muitas pessoas optam por carros poluentes, porém mais baratos. Diante desses fatos, percebemos quão grave é a situação dos automóveis na atualidade e quão incerto é o seu futuro.