sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Novo método para reciclagem é apresentado

Fonte: itu.com.br

Sistema deve diminuir em 50% o custo da reciclagem.

Um novo método para aproveitamento dos resíduos de construção civil e demolição (RCD), 50% mais barato e com consumo de energia 80% menor. Esse é o principal resultado de um estudo realizado por pesquisadores da Escola Politécnica da USP (Poli/USP), do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O novo método dispensa a britagem do material a ser reciclado, o que barateia o processo e torna viável a instalação de pequenas usinas de reaproveitamento dos RCD. O método é tão inovador, que está sendo patenteado.

Segundo o professor Vanderley John, do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Poli, um dos integrantes da equipe que realizou o estudo, a tecnologia desenvolvida possibilita que usinas de reciclagem simplifiquem a produção de matéria-prima para bases e sub-bases de pavimentação a partir de resíduos da construção civil. “Atualmente, a reciclagem de RCD passa necessariamente pela britagem (quebra dos resíduos em pedaços pequenos, com no máximo 63 milímetros de diâmetro)”, explica. “Isso encarece o processo, pois o britador representa mais da metade do investimento total da montagem de uma usina de reciclagem. O novo método reduz os investimentos iniciais e simplifica a operação das centrais de reciclagem, o que torna viável um maior número de centrais de reciclagem públicas ou privadas.”

Aplicações

A nova tecnologia está baseada nos resultados de uma pesquisa com amostras representativas de resíduos coletados em três cidades: Macaé (RJ), Maceió (AL) e São Paulo (SP). “Coletamos 20 toneladas de resíduos dessas três cidades”, explica John. “E constatamos que cerca da metade dos resíduos tinha tamanho inferior a 63 milímetros; ou seja, poderiam ser aplicados diretamente na composição de pavimentos, sem necessidade da britagem”, acrescenta. Esta constatação levou a equipe a propor uma forma extremamente simples de transformar resíduos em agregados: separação manual do material indesejável ao processo, seguido de peneiramento na bitola de 60mm e de uma nova remoção manual dos contaminantes (madeira, papel, cerâmica), remanescentes da fração abaixo de 63mm, que será comercializada como agregado de pavimentação.

Segundo John, o novo método poderá ser aplicado em ambientes urbanos e adotado por prefeituras, cooperativas ou empreendimentos privados. “A redução dos investimentos iniciais, dos custos e da complexidade de operação facilita a introdução da reciclagem, inclusive porque reduz os riscos. Assim, esperamos que essa tecnologia possibilite a ampliação do número de usinas e a margem de lucro desse novo negócio”, ressalta. Em conseqüência, evita-se a deposição ilegal desses resíduos nas margens de ruas e rios, reduzindo os impactos ambientais, além de minimizar os gastos das prefeituras com a gestão deles.

A nova tecnologia tem várias outras vantagens, a exemplo da redução do consumo de energia elétrica (60 a 80%) em relação ao sistema de reciclagem tradicional com britagem. “O novo método também torna possível a implantação das usinas nas proximidades do mercado consumidor, o que significa menores distâncias de transporte, que corresponde a dois terços do preço final do produto”, diz. Outra vantagem é que o sistema reduz de forma significativa a emissão de material particulado e principalmente de ruídos na operação de britagem. Assim, alternativas de desenvolvimento sustentável são incentivadas.

Além do professor Vanderley John, entre os pesquisadores da Poli também participaram da pesquisa o professor Artur Pinto Chaves e a pesquisadora Carina Ulsen, ambos do Departamento de Engenharia de Minas e de Petróleo, e os pesquisadores Francisco Mariano Sérgio Ângulo (atualmente no do IPT).

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Um pouco sobre o desperdício de alimentos

Ao ouvirmos falar sobre lixo, sempre vem em mente os processos de reciclagem e a importância da reutilização desses materiais. Porém, muitas vezes não damos a devida importância ao lixo orgânico, constituído principalmente por restos de alimentos orgânicos (carnes, vegetais, frutos...).

Segundo pesquisas do Instituto Akatu, estima-se que 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva: 20% na colheita, 8% no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento, 1% no varejo e 20% no processamento culinário e hábitos alimentares.

Uma casa brasileira desperdiça, em média, 20% dos alimentos que compra semanalmente. Isso significa uma perda de US$ 1 bilhão por ano, ou o suficiente para alimentar 500 mil famílias.

E junto com todos esses resíduos, são perdidos todas as suas embalagens, toda a água e energia usadas na sua produção, todo o CO2 emitido em sua produção e transporte, etc, gerando inúmeros impactos negativos para a sociedade, a economia e o meio ambiente.

Como lidar com todo esse desperdício?

Uma das alternativas é utilizar esse tipo de lixo para a produção de energia (biogás), pois em seu processo de decomposição é gerado o gás metano. Outra utilidade é a produção de adubo orgânico, muito usado na agricultura, através do processo de compostagem.

Porém, a principal maneira ainda é a conscientização. Combater o desperdício é o melhor remédio para este tipo de problema.

Como exemplo, o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente lançou uma campanha de conscientização, cujo tema é o desperdício de alimentos. A abordagem das peças tem linguagem semelhante à da publicidade do varejo e alerta o consumidor para o fato de que uma grande parcela do que se compra em alimentos vai direto para o lixo.



O desperdício de alimentos deve ser contido. O consumo consciente é obrigação de todo cidadão para com a sociedade e o meio ambiente.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Investimentos em Fontes Alternativas de Energia

Historicamente verifica-se que o desenvolvimento das civilizações foi intimamente subordinado à disponibilidade de fontes de energia. Sua importância se torna evidente quando pensamos nos países industrializados e na tecnologia, mas é nos países em desenvolvimento que a necessidade energética é dramática.

A base energética que suportou nosso crescimento nestas últimas décadas apoiou-se fortemente no combustível fóssil, altamente poluente desde a sua extração e com grande impacto ambiental. Antes dele o carvão, igualmente nocivo à saúde humana e à natureza. A vida moderna tem sido movida a custa de recursos esgotáveis que levaram milhões de anos para se formar e um dia irão acabar.

Nesse contexto, em função da crise energética e do aquecimento global, surgiu a necessidade de buscarmos fontes alternativas de energia. A energia alternativa é uma energia sustentável que deriva do meio ambiente natural. Podem ser obtida através de fontes que são essencialmente inesgotáveis, ao contrário dos combustíveis fósseis, dos quais há uma provisão finita e que não pode ser reposta.

As fontes de energia alternativas incluem:
1) Energia Hidráulica: energia potencial da água realizada em centrais hidroelétricas.
2) Energia Eólica: energia cinética que utiliza o vento, captado por aerogeradores.
3) Energia Solar: energia captada por células fotovoltaicas ou em painéis térmicos.
4) Energia Geotérmica: energia que provém do calor do interior da Terra, utilizando gêiseres como fontes termais.
5 e 6) Energia Oceânica: energia cinética do movimento das ondas transformada em energia elétrica através de uma turbina.
7) Biomassa: através da fotossíntese, as plantas transformam energia solar em energia química, podendo ser convertida em eletricidade, combustível ou calor.
Energia Nuclear: consiste no uso controlado das reações nucleares para a geração de eletricidade.


Em 2009 os investimentos em novas energias foram 162 bilhões de dólares (7% menor de que em 2008). Apesar do aumento nos investimentos na energia eólica, houve queda nos investimentos nos bicombustíveis. Os Investimentos da China cresceram mais de 50%, tornando-se maior que o investimento dos Estados Unidos e aumentando sua capacidade energética em 37gigawattas(GW).

Pela Primeira vez, os investimentos da Ásia/Oceania foram maiores de que os investimentos das Américas. Na Europa, houve queda de 10% nos investimentos.

O grau de desenvolvimento atual é impossível de ser mantido sem fontes de energia disponíveis. Por isso, é possível ver o crescente investimento dos países emergentes no desenvolvimento de fontes de energia renováveis e em programas de eficiência energética.

domingo, 6 de junho de 2010

Destino de resíduos sólidos: um problema para a engenharia

Cada brasileiro produz em média novecentas e vinte gramas de lixo diariamente. Cerca de oitenta por cento desse lixo é reciclada, sendo este recolhido pela coleta seletiva ou por catadores. Entretanto grande parte do restante deste lixo ainda é depositada em locais ambientalmente inadequados: os lixões.

Legalmente, os depósitos de lixo devem ser localizados à pelo menos dois quilômetros do núcleo urbano, duzentos metros de cursos d’água e a três metros acima de lençóis freáticos. Contudo, obedecer às exigências legais não significa ser ambientalmente adequado, pois nesses ambientes não há preparação adequada do terreno para o recebimento do lixo e tampouco seu controle, propiciando a contaminação do solo e da água pelo chorume – substância líquida gerada no processo de putrefação de materiais orgânicos.

Uma alternativa mais adequada para a o destino final dos resíduos produzidos nas cidades seriam os aterros sanitários, que segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são definidos como “aterros de resíduos sólidos urbanos, consistem na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou a intervalos menores se for necessário”.

Para o aterro sanitário entrar em funcionamento é necessário a aprovação de projetos com previsões de tempo de funcionamento, destinação do ambiente após uso, pesquisas realizadas na possível área de operação e pesquisas com a população local. Além disso, os aterros sanitários demandam altos custos de instalação e manutenção, justificando a preferência das cidades por soluções mais rápidas e baratas.

Apesar dos altos custos de instalação, é possível reaver grandes partes desses gastos se passarmos a ver os aterros como fontes de energia. É possível acoplar ao sistema técnicas de biodigestão para a produção de biogás – tornando o sistema mais interessante também financeiramente.

Imagens: http://angloambiental.wordpress.com/ em 6 de junho de 2010.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

A poluição e os automóveis

Os veículos automotores sempre nos propiciaram muito conforto e comodidade. Já estamos tão acostumados com sua presença em nossa vida, que já não nos imaginamos sem eles. Porém, é impossível negar que esses mesmos veículos são extremamente poluentes e que convivemos com essa poluição rotineiramente – principalmente nas metrópoles.

A poluição do ar tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Também o efeito estufa, tão comentado na atualidade é agravado devido a isso.
Apesar de todos esses problemas, é impossível se pensar numa substituição em massa dos automóveis existentes hoje, devido à sua grande quantidade. Então, o que fazer?

Essa dúvida parece ser uma das mais importantes quando nos referimos à poluição. Muitos governos começaram a adotar medidas visando o aumento da frota dos automóveis movidos a combustíveis ecológicos, como o etanol. Prova disso é o grande interesse do governo dos EUA em conhecer a tecnologia de produção de etanol, já há muito tempo praticada no Brasil.

Um estudo feito por pesquisadores da Embrapa Agrobiologia (Seropédica/RJ) concluiu que o etanol de cana é capaz de reduzir em 73% as emissões de dióxido de carbono (CO2, o principal gás causador do efeito estufa) na atmosfera se usado em substituição à gasolina. Também a indústria automobilística, começou a se preocupar com essa questão. Prova disso, são os inúmeros lançamentos de carros “ecologicamente corretos”. Esses carros são geralmente carros “híbridos”, ou seja, movidos tanto por combustíveis fósseis quanto de outra fonte, como por exemplo, energia elétrica.

Esses carros contribuem significativamente para diminuir a emissão de gases poluentes. O governo japonês já anunciou medidas para aumentar para 50% a proporção de carros ecologicamente corretos. Todas essas medidas estão sendo tomadas para diminuir a emissão de gases.

Infelizmente essa tecnologia ainda é cara, tornando os carros “híbridos” inviáveis para o consumidor. Devido a isso muitas pessoas optam por carros poluentes, porém mais baratos. Diante desses fatos, percebemos quão grave é a situação dos automóveis na atualidade e quão incerto é o seu futuro.

terça-feira, 25 de maio de 2010

RCD, o que fazer?

A quantidade de entulho que é descartado na construção civil, tanto em reformas quanto em novas obras, é alarmante. A maioria desses entulhos é jogada clandestinamente em locais impróprios como, por exemplo, em fundos de vales por carroceiros. Para tentar resolver essa situação, algumas prefeituras já estão adotando sistemas de coleta para esses materiais, como no caso de Londrina, onde temos os “Eco pontos”, que são locais destinados a receber os resíduos gerados pela população e destinar devidamente esses resíduos.
Mas o que pode ser feito com a reciclagem dos resíduos de construções e demolições (RCD)?

Após um processo de britagem ou trituração, adequando a granulação desejada, o material reciclado pode ser utilizado na pavimentação, esta que é a forma mais simples de reciclagem do RCD, deixando-o na forma de brita corrida, podendo haver ainda uma mistura com o solo. Pode ser utilizado como agregado de concreto não-estrutural, substituindo os agregados comuns (areia e brita), ou pode ser utilizado ainda como agregado na confecção de argamassas de assentamento e revestimento, além de várias outras coisas mais simples como preenchimento de vazios em construções ou reforços de aterros.

É sabido que a composição química dos materiais misturados no entulho pode trazer danos a saúde e podem contaminar a água tornando-a imprópria para o consumo, sendo necessário um grande cuidado na manipulação desses resíduos.

Podemos dizer que a reciclagem de RCD na própria obra é muito vantajosa uma vez que diminui os gastos com coleta de lixo e ainda diminui o consumo de agregados, além de ser uma boa iniciativa para a preservação do meio ambiente. Se cada construtora e pessoa envolvidada no ramo da construção civil fizerem sua parte, tentando reciclar o máximo possível de materiais, teremos uma melhor destinação para o RCD produzido.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Resíduos x Londrina


Resíduos sólidos são materiais resultantes das atividades humanas ou gerados pela natureza no ambiente urbano. Esses resíduos são classificados principalmente de acordo com a sua origem, podendo ser doméstico, comercial, industrial, público, hospitalar, radioativo etc.

O ano passado, o grupo gerar com a ajuda dos alunos do primeiro ano de engenharia civil da Universidade Estadual de Londrina mapeou a cidade de londrina localizando os pontos de lançamento de resíduos. Foram identificados vários focos de lançamento clandestino de resíduos em toda a cidade. A grande maioria dos pontos encontrados continha resíduos de construção civil, que representavam uma fração alarmante dos resíduos.

A disposição indiscriminada dos Resíduos de Construção e Demolição (ou simplesmente Resíduos da Construção Civil) em aterros ou em bota-foras vem recebendo maior preocupação em relação ao meio ambiente e a qualidade de vida nas cidades. Nesse contexto, o desperdício na construção civil vem sendo combatido com a qualificação da mão-de-obra, maior controle na aplicação dos materiais e projetos executivos melhor detalhados. Esse pequeno avanço, no entanto, não torna inevitável a geração de entulho (ALTHERMAN, 2002).

Segundo o CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, resíduos da construção civil são os provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou metralha.

O entulho produzido diariamente pela construção civil em Londrina é, pelo menos, três vezes maior que o lixo coletado e depositado no aterro sanitário. Dados levantados pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) indicam que os resíduos de construção e demolição em Londrina estão entre 900 e 1,3 mil toneladas/dia.(O Estado do Paraná, Julho 2008).

O Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil do município de Londrina foi implantado em 29 de setembro de 2009. Sua implantação prevê a redução dos impactos ambientais e sociais do descarte inadequado e de suas consequências negativas (alagamentos, deslizamento de encostas, proliferação de vetores de doenças, poluição, degradação de espaços públicos e outros prejuízos urbanos). Londrina é campeã nacional de reciclagem, sendo modelo para outras cidades, o que implica em grande responsabilidade. Devemos avançar e manter Londrina como referência na gestão de resíduos, trazendo qualidade de vida para os londrinenses.

sábado, 8 de maio de 2010

Grupo Gerar está desenvolvendo documentário sobre o lançamento de resíduos em Londrina

O Grupo Gerar está começando a produção de um documentário, focando o lançamento clandestino de resíduos urbanos. A proposta é de chamar a atenção da população sobre esse problema, porém, esta missão torna-se difícil ao passo que é observável o descaso da população em geral com assuntos relativos ao ambiente.

Desde pequenos estamos habituados à deposição de resíduos em locais indevidos. Infelizmente, a exemplo dos familiares, amigos, vizinhos, que lançam desde embalagens de balas e "bitucas" de cigarro até móveis velhos e entulho de construção acabamos deixando de perceber os riscos dessa prática. Dessa forma, jogar lixo em qualquer lugar acaba se tornando algo rotineiro.

Tais hábitos, embora pequenos em parâmetro regional, contribuem significativamente para o agravamento da situação quando se pensa no grande número de praticantes. Entretanto é interessante pensar que esses pequenos atos fazem diferença, então se uma grande massa de lançadores passarem a se policiar para criarem hábitos ecologicamente corretos, podemos contribuir muito com o meio ambiente. Coisas simples como guardar o papel de bala no bolso até encontrar uma lixeira, separar em casa o lixo orgânico do reciclável, aproveitar melhor os alimentos, doar móveis usados quando estes forem substituídos, contratar serviços de caçamba regularizados para dar destino a entulhos de construção, etc são ponderantes e podem mudar o estágio atual de poluição na sua cidade.

Pensando nisso, o documentário mostrará o comportamento geral da população com relação ao lançamento indevido de lixo, alertando sobre os danos desta prática, e a situação caótica que poderá vir caso nenhuma mudança de comportamento seja tomada. Espero que apreciem quando pronto.

Esse vídeo dá uma idéia do que queremos mostrar:

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Alguns dados sobre Reciclagem dos Resíduos Sólidos da Construção Civil

À seguir dados e informações a respeito da reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil.

• No cenário mundial não existia uma grande preocupação com a preservação ambiental até a década de 70; hoje, no entanto virou uma preocupação das sociedades, Estado e Iniciativas Privadas.

• No cenário mundial, a Holanda se destaca com aumento importante da reciclagem dos RCD ao decorrer do tempo, chegando a 95% da reciclagem dos resíduos sólidos na construção civil.

• Na Holanda, há mais de quarenta usinas de reciclagem de entulho. Atualmente, a reciclagem de RCD é praticada amplamente na Europa, especialmente na Holanda.

• Por outro lado, a China considerada uma potência mundial sendo a maior produtora de resíduos do planeta, em decorrência do seu desenfreado crescimento industrial, não aplica medidas adequadas para preservação ambiental conforme as normas internacionais.

• Apesar dos resíduos sólidos da construção civil serem de baixa periculosidade, geram um grave problema de acúmulo no país, devido ao grande volume produzido e depositado de forma inadequada.

• Praticamente todos os setores da construção civil são geradores de resíduos sólidos, em torno de 50% dos entulhos gerados é decorrente dos desperdícios em materiais na construção, mostrando que um bom gerenciamento e planejamento das construtoras poderão ser de fundamental importância para o menor desperdício de materiais.

• A construção civil é a maior geradora de resíduos em toda sociedade. É responsável por 61% dos entulhos gerados nos centros urbanos brasileiros.

• A média de geração de RCD nos municípios brasileiros foi de 0,51 ton/hab.ano.

• O resíduo é gerado em diversas circunstâncias do ciclo de vida das construções, são elas: na fase de construção (canteiro), fase de manutenção e reformas e na demolição de edifícios.

• Estima-se que o RCD gerado em atividades de reformas, manutenção e demolição variam entre 42% e 80% do total gerado em obras, dependendo das características de cada cidade brasileira.

• Os RCD representam um excesso de consumo de materiais nos canteiros das obras, quando se compara a quantidade realmente utilizada com a quantidade teoricamente necessária. Silva (2006) achou o índice de 50% de desperdício.

• Estudos da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Públicas e Resíduos Especiais – Abelpre – o grande volume de RCD, é explicado pelo desperdício que ocorre desde a extração da matéria prima, transporte e a utilização inadequada no canteiro de obra, ficando a responsabilidade de a sociedade custear a remoção e o tratamento do entulho, além no custo final das construções.

• As transportadoras privadas são as principais causadoras de deposição irregular desses resíduos. Depositam irregularmente em logradouros públicos próximos aos locais onde foram gerados com a finalidade de baratear os custos.

• A distância das obras em relação aos locais de despejo apropriados é um fator de fundamental importância, pois o alto custo com o transporte desse material leva à deposição em lugares irregulares. A deposição irregular de RCD no Brasil para cinco cidades médias varia entre 10% e 47% do total.

• Lima (2005) em sua pesquisa com responsáveis das construtoras constatou que no contrato de empresas transportadoras a maior preocupação é de cunho financeiro, sem levar em consideração se as mesmas possuem licenciamento ambiental.

• Segundo dados do Departamento de Limpeza Urbana (LIMPURB), das 559 empresas cadastradas entre 1999 e 2003, apenas 363 empresas, com 13.163 caçambas, estavam com o cadastro válido em janeiro de 2003 na cidade de São Paulo.

Referência Bibliográfica:
GRADÍN, A. M. N.; COSTA, P. S. N. Reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil.